sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Tínhamos uma aula de filosofia na escola de medicina.
E logo após a semana da pátria, e como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas.
E a emoção era geral, e um professor já idoso entrou na sala, imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio.
Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que a minha turma correspondeu?
Que nada! Com certo constrangimento o professor tornou a pedir silêncio educadamente.
Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa.
Foi ai que o professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.
Você sabe o que ele disse?
Preste atenção porque eu vou falar isso uma única vez, disse levantando a voz, e o silêncio de culpa se instalou em toda sala e o professor continuou.
Desde que comecei a lecionar isso já faz décadas descobri que nós professores trabalhamos apenas cinco por cento dos alunos de uma turma.
E em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença para no futuro.
Apenas cinco se tornam profissionais brilhantes, contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade da vida das pessoas.
Os outros noventa e cinco servem apenas para fazer volume, são medíocres, passam pela vida sem deixar nada de útil.
E o interessante é que esta porcentagem vale para todo o mundo, e se vocês prestaram atenção.
Notarão de que de cem professores apenas cinco são aqueles que fazem a diferença.
De cem garçons apenas cinco são excelentes.
De cem motoristas de táxi apenas cinco são verdadeiros profissionais.
E poderia continuar mais e mais.
Portanto de cem pessoas apenas cinco, cinco, cinco são verdadeiramente especiais.
É uma pena não é?
Muito grande não termos como separarmos esses cinco por cento do resto.
Pois se isso fosse possível eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala, e colocaria os
demais para fora.
Então eu teria o silencio necessário para dar uma boa aula, e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores, mas infelizmente não há como saber quais de vocês são esses alunos.
Só o tempo é capaz de mostrar isso, portanto terei de me conformar e tentar, tentar, tentar dar uma aula para os alunos especiais apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.
Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá.
Obrigado, pela atenção e vamos à aula.
Nem preciso dizer o silencio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso.
Alias à bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de fisiologia durante todo semestre.
Afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto.
Hoje não me lembro de muita coisa das aulas de fisiologia, mas a bronca do professor eu
conseguir silêncio.
Para mim aquele professor foi um dos cinco por cento que fizeram a diferença em minha vida.
De fato eu percebi que ele tinha razão e desde então tenho feito tudo para ficar no grupo dos cinco por cento.
Mas como ele disse não há como saber se estamos indo bem ou não, só o tempo dirá a que grupo pertencemos.
Contudo uma coisa é certa se não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos.
Se não tentarmos fazer tudo o melhor possível seguramente sobraremos na turma do resto!
Celso B. de Andrade
INSTRUTOR
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Maravilhoso conviver com pessoas especiais!
Distribuia bombons para os professores com pequenas mensagens, e a minha foi:
"O conhecimento não tem fronteiras e voces são os desbravadores dele, as vezes ensinando, mas muitas vezes aprendendo... Parabéns pelo dia de hoje, obrigada pela obstinação em busca de ensinar."
assinado - Linda, recepção - Eacon
obs.: ela faz juz ao nome!
Acacio Rodrigues
"mais aprende do que ensina"
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Avance Sempre
Se você não conseguir fazer uma coisa grandiosa hoje, faça alguma coisa pequena.
Pequenos riachos acabam convertendo-se em grandes rios.
Continue andando e fazendo.
O que parecia fora de alcance esta manhã vai parecer um pouco mais próximo amanhã ao anoitecer se você continuar movendo-se para frente.
A cada momento intenso e apaixonado que você dedica a seu objetivo, um pouquinho mais você se aproxima dele.
Se você pára completamente é muito mais difícil começar tudo de novo.
Então continue andando e fazendo. Não desperdice a base que você já construiu. Existe alguma coisa que você pode fazer agora mesmo, hoje, neste exato instante.
Pode não ser muito mas vai mantê-lo no jogo.
Vá rápido quando puder. Vá devagar quando for obrigado.
Mas, seja, lá o que for, continue. O importante é não parar!!!
Busque seus sonhos...
Eu continuo buscando o meu, dia após dia!!!
Beijocas
Vânia Ramalho
Turma 95
quarta-feira, 13 de maio de 2009
NÃO TENHA MEDO DE SE ARRISCAR
Havia um rei que fazia prisioneiros,mas não os matava; conduzia-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros em um canto e uma porta de ferro no outro, com figuras de caveira cobertas de sangue.
Dizia aos prisioneiros:
- Vocês podem escolher morrer flechados por meus arqueiros ou ou passar por aquela porta e lá serem trancados.
Todos os que por ali passavam escolhiam ser mortos pelos arqueiros.
Um dia um soldado perguntou ao rei:
- O que há por trás dessa assustadora porta?
- Vá, e veja você mesmo - Disse o rei.
O soldado então abriu vagarosamete a porta e percebeu que a medida que o fazia, raios de sol iam adentrando e iluminabdo o ambiente, até que, quando estava totalmente aberta, notou que levava à liberdade, a um caminho que libertaria quem por ela passasse. O soldado ficou espantado, e o rei disse:
- Eu dou à todos a possibilidade de escolha, mas todos preferem morrer a arriscar abrir essa porta.
"Na empresa ou na vida pessoal, quantas portas deixamos de abrir por medo de arriscar? Quantas vezes nos anulamos por sentir medo de abrir a porta de nossos sonhos?"
"Sonhe e não tenha medo do desconhecido, porque a realização de nossos sonhos dependem somente de uma coisa: da nossa força de vontade!"
Beijinhos...
Vânia Ramalho - Comissária de Voo - turma 95
quarta-feira, 18 de março de 2009
Quero deixar aqui registrado meu agradecimento à todos aqueles que direta ou indiretamente fizeram parte dessa fase da minha vida. A fase onde me descobri encantada pela aviação, literalmente "com a cabeça nas nuvens...". Saibam que tenho um carinho muito especial por cada um de vocês...
A Sílvia, a Linda e o Celso (coitados), foram os que eu comecei com o interrogatório sobre o curso... Fui sempre muito bem atendida!
A Elaine já sabia de cor os dias que eu tinha marcado acompanhamento psicológico...(que memória, heim!)
Alexandra... sem palavras... (sua ajuda fez a diferença!)
O Jefferson sempre nos recebia com um BOA NOITEEE que até mesmo se o dia foi difícil, já melhorava!
Equipe da "Tia da cantina" e da "Moça do cabelo rosa": Tudo de bom, viu?
Não posso esquecer do Canário e do Acácio, porque a EACON SANTOS é a realização do esforço deles!
Os professores: Celso, Viscardi, Lins, Zibeli, Caio e Val... Vocês fizeram sair do casulo a borboleta que havia escondida nesta lagarta que vos fala!!! rsrsrs
Me desculpem se esqueci o nome de alguém, mas saibam que estão todos no meu coração! A EACON é minha segunda família!!!
Parabenizo a nós, da turma 95, que na última sexta feira, dia 13... (uiiiiiiiiiiiiiiiii!!!) nos apresentamos na Banca... Fomos bombardeados, chutados, testados, etc. Mas saímos todos vivos, e agradecendo por isso, pois sabemos que é para que possamos melhorar nosso desempenho! Valeu Senhores entrevistadores... rsrsrs
Somos corajosas, heim?
Finalizo deixando uma oração para que possamos começar esse ingresso de forma abençoada e iluminada por Deus:
ORAÇÃO DO COMISSÁRIO
Nós, comissários de bordo, caminhoneiros das nuvens, dirigimos-te
um pedido de benção tocado de amor. Tu, Senhor, que conheces o roteiro
de nossas vidas, e és dono de nosso convívio com o espaço, tens o mapa
de nossas trilhas sempre carentes da iluminação de tua bondade.
Precisamos de ti para a proteção de nossas vidas e para que jamais
nos faltem inspirações sublimes para o fiel cumprimento de nossos
deveres.
Faz, Senhor, de nossas aeronaves pólos de seguros comandos e de
nossas galleys, oficinas de trabalho, dedicação e de disciplina para o
sereno fluir de nossas atividades.
Contigo, Senhor, estaremos em todas as horas, regando por nós e
pelos companheiros tombados no fascínio de uma vocação, e implorando para
que nossa movimentada existência seja assistida, sempre, por tua
carinhosa sabedoria...Amém!!!
Que todos vocês, assim como eu, deixem sair do casulo a borboleta que existe dentro de cada um de nós!
Foi tudo maravilhoso!
Lembrem-se sempre: "Boas meninas vão para o céu, as más vão para qualquer lugar..."
Beijos e mais beijos...
Vânia Ramalho
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Cronica encontrada na net!!!
"Que estranho e irresistível fascínio é este que as aeromoças exercem sobre nós, homens e mortais passageiros?
Ou vai me dizer que você também não tem um certa tara, uma vontade quase que incontrolável de ter um caso com dessas profissionais do ar?
Qual é o homem que nunca deixou o cotovelo propositadamente no corredor do avião, na sutil esperança de uma leve raspadinha na apressada moça? Qual é o homem que, lá nas alturas, fingindo ler o jornal, não fica de olho torto para elas? Qual é o homem que não sonha acordado imaginando tenazmente que ela, junto com a última cervejinha, coloque dentro do guardanapo um cartão de visitas? Qual é o homem que não sonha um dia contar para um amigo: transei com uma aeromoça! Qual?
Que fascínio é esse? Preocupadas com o possível assédio masculino, as companhias aéreas - de todo o mundo - fazem de tudo para transformar aqueles aviões em seres normais. Colocam uma saia escura onde as curvas se perdem e o joelho some, vestem um blusa meio fofa onde seios desaparecem, amarram os cabelos para cima e ainda por cima, colocam um crachá com um nome falso no peito. Mas nós homens, temos certeza que, por trás daquele uniforme de guerra, esconde-se uma grande guerreira de terra, mar e ar. A gente sabe - ou imagina - que elas são gostosas. Toda aeromoça é gostosa, por princípio, meio e fim. Até o fato delas usarem outro nome - como as freiras e as prostitutas - é excitante.
E não são apenas as aeromoças brasileiras que nos fazem viajar com a imaginação. Também as azafatas (aeromoça em espanhol) ou as hospedeiras (aeromoça em Portugal). Não seria bonito dizer que anda saindo com uma azafata de salto delicadamente alto ou que levou para o hotel uma hospedeira? Mesmo as americanas, sempre carrancudas, levam o seu charme na bandeja da esperança. E as francesas dizendo pardon, monsieur? E aquelas da Lufthansa que dá vontade da gente pedir para que pisem nos nossos pés com seus um metro e oitenta e cinco?
Qualquer psicólogo de esquina poderia dizer que esta fascinação é porque nós nos sentimos - durante as poucas horas de vôo - nas mãos delas, dependemos delas para tudo. Seriam nossas mães, digamos assim. Mas não é como mãe que as vemos e sim como possíveis amantes. Como deslizam fácil pelo carpete central dentro das nossas turbulências mentais!
São estranhas essas moças. Não sei de ninguém que conheça uma aeromoça fora do ar. O máximo que a gente sabe delas é que se arrastam em duplas pelos aeroportos, puxando as suas malinhas - sempre cinzas - sobre rodinhas. Depois entram num taxi e somem. Sim, somem. Ou você sabe de alguém que é vizinho de uma aeromoça? Ninguém sabe onde moram essas meninas. Ninguém nunca viu uma hospedeira numa festa, numa peça de teatro ou mesmo fazendo compra num shopping. Fora do ar, elas evaporam. Você, por exemplo, já viu alguma azafata no seu, digamos, convívio social? Tenho certeza que não. Chego a desconfiar que elas não existem. São alucinação causadas talvez pelo ar despressurizado.
Devo ser um privilegiado, pois já vi duas aeromoças. A primeira quando estava hospedado no Hotel Miramar em Recife fazendo um trabalho profissional junto com mais quarenta pessoas. Um amigo me disse que as aeromoças da VASP estavam hospedadas no hotel. Foi um frisson entre os homens. No mesmo dia um colega disse que aquela mais alta, loira, tinha uma tatuagem na virilha. Ele tinha visto na piscina.
Comprei óculos de natação e fui conferir num vôo aquático. Tinha. Tinha um Boeing tatuado na virilha dela que, enquanto ela ficava a fazer movimentos com as pernas para se manter à tona, parecia que o Boeing batia asas e voava na minha direção. Só o Boeing. O avião, não. Quase morri afogado.
E a outra vez foi no bingo. Estávamos quatro homens na mesa e uma moça. Uma moça normal, nem feia nem bonita, nem magra nem gorda, nem baixa nem alta. Uma moça absolutamente normal que não suscitava nem um olhar de esguio de nenhum de nós. De repente, chegou uma amiga dela. Nos primeiros diálogos, ficamos os quatro sabendo que eram aeromoças. Como a moça cresceu, como ficou bonita, gostosa, simpática. Que pernas, que seios, que pele, que narizinho arrebitado, que voz, meu Deus! Os quatro homens ficaram transtornados com a presença de duas - duas! - aeromoças ali, tão perto. Mas, assim como na piscina, ninguém teve a coragem de puxar papo, pedir mais um uísque ou perguntar a temperatura local.
Não se conversa com uma aeromoça fora do ar, admira-se boquiaberto. E mais: ela fez um bingo, provando, definitivamente, que são seres sobrenaturais, acima de nós, sempre a dez mil metros de distância de nós, pobres terráqueos.
Que estranho e irresistível fascínio é este que as aeromoças exercem sobre nós, homens e mortais passageiros?"
Escrito por Mário Prata
Giuliane
Turma 89-N